Poucas horas após a colisão entre dois trens no distrito de Rosenheim, na Baviera, na manhã desta terça-feira (09/02), uma testemunha contatou o portal de notícias local Rosenheim24, descrevendo detalhes da tragédia que deixou ao menos dez mortos.
Segundo o portal, Patrick B., um dos mais de 80 feridos no acidente, afirmou que pouco depois de deixar a cidade de Kolbermoor, o trem da empresa privada Meridian freou abruptamente, colidiu, e “as luzes se apagaram”.
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Autoridades evitam especular sobre as causas da tragédia e afirmam que é necessário aguardar análise das caixas-pretas. Trens se chocaram em alta velocidade e sem frear. (09.02.2016)
Ao fechar os olhos, o homem escutou “pedidos de socorro por toda parte”. Passageiros teriam prestado primeiros socorros, e Patrick B. teria ajudado um menino ao seu lado e ligado para os serviços de emergência. Ele contou que era difícil agir no escuro e que a fiação do trem emitia faíscas.
A colisão aconteceu por volta das 6h45 (horário local) perto da cidade de Bad Aibling. O local do acidente fica perto de uma barragem e é de difícil acesso, o que dificultou o resgate. Os trilhos ficam ao lado de um canal e não há acesso para automóveis. Por isso, os feridos precisaram ser retirados por helicópteros.
“Levamos todos os passageiros até a barragem. Não conseguimos transportar somente um homem com uma perna quebrada. Pouco depois, as primeiras equipes de resgate chegaram”, relatou Patrick B.
Outro passageiro disse ao portal de notícias Bild ter sentido a frenagem repentina e que, “um segundo depois, as pessoas voaram como bonecos pelo ar”. “Havia gritos por toda parte, foi horrível”, contou Dennis, que ficou ferido no nariz.
O vice-diretor do hospital de Rosenheim, Christoph Knothe, falou ao portal de notícias Bild após ouvir alguns dos feridos no desastre. “Eles escutaram um estrondo, depois gritos, e muitos ficaram, então, inconscientes. Quando acordaram, tudo já tinha acabado”, contou. Mais testemunhas teriam relatado sobre uma frenagem de emergência.
A repórter Dagmar Bohrer-Glas, da emissora bávara Bayerischer Rundfunk, esteve no local do desastre e afirmou “nunca ter visto tantas ambulâncias”. Jorg Volkerling, jornalista do Bild, falou em centenas de socorristas no local.
Julia Briemann, membro das equipes de resgate, disse ao Bild nunca ter visto algo tão terrível. “Nenhum de nós vivenciou algo assim antes.”
LPF/ots