As autoridades alemãs tomaram quinta-feira última a decisão formal de expulsar milhares de cidadãos estrangeiros, essencialmente marroquinos, argelinos e tunisinos, que se fizeram passar por refugiados sírios para obter o estatuto de refugiados na Alemanha, noticiou esta sexta-feira a imprensa local.
Como medida transitória, as autoridades alemãs decidem instalar os “refugiados falsos” em centros de internamento em Bamberg e Manching, em Baviera, até que os seus pedidos de asilo sejam examinados, como já é o caso para os requerentes provenientes dos Balcãs que têm poucas possibilidades de obter o asilo.
Esta medida provisória foi tomada na sequência dum acordo entre a chanceler Angela Merkel e o chefe de Estado regional de Baviera, Horst Seehofer, visando este dispositivo tranquilizar a opinião pública, cada vez menos favorável, para o acolhimento de migrantes após a série de agressões de Colónia.
Segundo a imprensa marroquina e argelina, as autoridades dos respectivos países aceitaram recuperar os seus cidadãos cujos pedidos de asilo foram rejeitados.
A Albânia, a Bósnia, o Kosovo, a Macedónia, o Montenegro e a Sérvia foram colocados na lista dos países ditos seguros e os seus cidadãos têm por isso uma perspetiva muito fraca de poder instalar-se na Alemanha.
Em Dezembro de 2015, o número de requerentes de asilo marroquinos era de dois mil 896 contra 368 em Junho último, segundo o Ministério do Interior.
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