Num extremo, a Alta Baviera, onde fica Munique: 2,6% de desemprego. No outro, a Andaluzia, com 36,3%, o valor mais alto das regiões europeias. É como desembarcar em outro planeta para um alemão, após três horas de avião. A moeda pode ser a mesma, mas a ideia de unidade acaba aí. E não é porque gente criada a apreciar castelos do rei louco não se identifique com o charme mourisco de Sevilha, Córdova ou Granada. E vice-versa.
São desoladoras as recentes estatísticas sobre desemprego por região: a seguir à Andaluzia vêm mais quatro parcelas de Espanha, entre elas a também nossa vizinha Extremadura, com 33,7%. Aliás, nas dez piores quase só se fala castelhano e grego, a exceção é Reunião, território ultramarino francesa que fecha a tabela, com 29%.
Pelo contrário, não parece faltar trabalho nem na Baviera da BMW nem no Tirol, tudo terras a lembrar Alpes e apreciadores de cerveja.
Ora aqui está algo em comum entre as dez regiões europeias com menor taxa de desemprego, pois se nove falam alemão, dividindo-se entre Alemanha e Áustria, a que sobra é Praga, capital dessa República Checa recordista do consumo de cerveja. Já agora, é a Baixa Baviera que fecha esta lista, com 3,3%.
Atenção que nenhuma região portuguesa está no clube sequer das 20 piores, mas apenas porque Espanha (exceto País Basco e Navarra) e Grécia apresentam níveis dramáticos, assim como a biqueira italiana. Mas tirando o Centro, todas têm 15 a 20% de desemprego, que no mapa do Eurostat surge verde-escuro, cor que só se repete em partes de Itália, na Croácia, na Eslováquia e num recanto búlgaro.