Eleições Merkel sela acordo de "grande coligação" para a Alemanha

Merkel assinou o acordo na qualidade de líder da União Democrata-Cristã (CDU), juntamente com os líderes da União Social-Cristã da Baviera (CSU), Horst Seehofer, e do Partido Social-Democrata (SPD), Sigmar Gabriel.

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“Foi uma longa negociação, mas (o acordo) agrada-nos”, disse a chanceler antes de colocar a sua assinatura no documento, que inclui importantes concessões ao SPD, como a criação de um salário mínimo e a dupla nacionalidade para os filhos de imigrantes nascidos na Alemanha depois de 1990.

Na terça-feira, numa sessão solene com início previsto para as 08:00 TMG (mesma hora em Lisboa), o executivo será submetido a votação no Bundestag, onde a grande coligação detém 504 dos 631 assentos.

A cerimónia realizou-se menos de 24 horas depois da confirmação dos nomes dos membros do governo, no qual a CDU ficou com cinco pastas, mais a chancelaria, o SPD seis e a CSU três.

O novo executivo apresenta poucas novidades nas pastas principais, integrando até dois ministros do SPD que pertenceram à primeira grande coligação (2005-2009): Sigmar Gabriel, que foi ministro do Ambiente e vai agora assumir a Economia e a Energia, e Frank Walter Steinmeier, que regressa ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Na perspetiva europeia, a figura dominante continuará a ser Wolfgang Schaeuble nas Finanças, defensor acérrimo da estabilidade orçamental.

A “estrela ascendente” da CDU, Ursula Von der Leyen, vai assumir a pasta da Defesa, pela primeira vez nas mãos de uma mulher, substituindo Thomas de Maizière, que passa para o Ministério do Interior.

O Ministério do Trabalho vai ser chefiado pela secretária-geral do SPD, Andrea Nahles, e vai ter como secretário de Estado Joerg Asmussen, membro alemão do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE).

Outra novidade é a presença de uma mulher de origem turca num governo alemão: Aydan Oezuguz, escolhida pelo SPD para secretária de Estado das Migrações, Refugiados e Integração.

A vice-presidente do SPD Manuela Schwesig foi escolhida para o Ministério da Família e a tesoureira dos sociais-democratas, Barbara Hendricks, para o do Ambiente.

Para a Saúde vai o secretário-geral cessante da CDU, Hermann Grohe, e na Educação mantém-se Johanna Wanka, também da CDU.

Os ministros da CSU são Alexandre Dobrindt, na pasta dos Transportes e Infraestrutura digital, Hans-Peter Friedrich, que passa do Interior para a Agricultura, e Gerd Mueller, para a Cooperação Económica e Desenvolvimento.

A CDU obteve uma clara vitória nas eleições gerais de 22 de setembro, com 41,5%, mas não conseguiu a maioria, e o seu anterior aliado no governo, o Partido Liberal (FDP), ficou abaixo do mínimo de votos para ter representação parlamentar.

A CDU iniciou então negociações para uma grande coligação com o SPD, que obteve naquelas eleições o seu pior resultado eleitoral (25,7%), alcançando um acordo no final de novembro. A CDU e a CSU seguiram o procedimento habitual de o submeter a um mini-congresso, mas o SPD consultou os militantes, 75,9% dos quais disseram “sim” ao pacto.

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