A administração de Merkel vem enfrentando crescentes críticas por conta da decisão da chanceler alemã em permitir que uma enorme onda de refugiados do Oriente Médio vá para o país.

Dieter Reiter, prefeito de Munique, a capital e a maior cidade do estado alemão da Baviera, apelou para a ajuda no acolhimento dos refugiados: de acordo com autoridades, em Munique quase 13.000 requerentes de asilo chegaram no sábado (12) e cerca de 1.300 só no domingo de manhã (13).

Reiter advertiu ao governo central que a cidade encontra-se em situação que ultrapassa sua capacidade de absorção e pediu para Berlim solucionar o problema o mais rapidamente possível, e lamentou o fato de que outras regiões alemãs ainda não entraram em cena para compartilharem a responsabilidade.

“Nós temos um ‘gap’ de 1000 a 5000 lugares,” disse o prefeito Reite, citado pela agência alemã Süddeutsche Zeitung.

De acordo com sistema de quotas da Alemanha, a Baviera e a Renânia do Norte são as duas regiões que devem receber o maior número de refugiados em relação aos demais estados alemães.

No início desta semana, em entrevista à Der Spiegel Baviera, Horst Seehofer, líder do governo criticou a chanceler alemã Merkel, chamando sua política de refugiados de um “erro” que terá consequências graves para o país.

O político ressaltou que para complicar mais, ainda não existe uma maneira de determinar se algum dos refugiados está envolvido em atividades terroristas  de organizações como o notório Estado Islâmico (EI).

Desde o início de setembro a Alemanha aceitou aproximadamente 37.000 refugiados, e espera receber um total de 800.000 requerentes de asilo até ao final deste ano.