A coligação governamental alemã chegou a consenso sobre os refugiados.
A chanceler Angela Merkel e os parceiros de coligação – o social-democrata (SPD) Sigmar Gabriel e o governador da Baviera e líder da União Social Cristã (CSU), Horst Seehofer – chegaram a acordo, na quinta-feira, sobre uma nova política comum.
Uma das medidas aprovadas, prevê a aceleração do processo de requerimento de asilo. Serão também criados entre três e cinco centros de registo para migrantes de países seguros e com poucas chances de conseguir o estatuto de refugiado. Os refugiados só terão direito a receber benefícios se permanecerem na região onde estão registrados. Aqueles que não respeitarem esta exigência, perdem o direito ao benefício e o pedido de asilo ser-lhes-á suspendido.
A chanceler alemã reiterou que a prioridade é realizar a integração daqueles que fogem de zonas de conflito.
“O nosso principal objetivo é a integração das pessoas com perspectivas de permanecer na Alemanha”, dsse Merkel, acrescentando que “No processo de integração, queremos que os nossos valores e o nosso sistema legal sejam favoráveis aos refugiados. Queremos mostrar que a Alemanha é um país aberto, com uma constituição da qual nos orgulhamos e que tem uma boa reputação no mundo.”
Ainda no quadro desta nova estratégia para os refugiados, os líderes da coligação alemã acordaram que os programas de reunião das famílias serão suspensos por um período de dois anos. Está prevista uma cimeira com a Turquia, para garantir que Ancara receberá de volta os migrantes deportados, em caso de rejeição dos respectivos pedidos de asilo.
Prevê-se que o número de refugiados na Alemanha seja em 2015 superior a um milhão.