“Arsenal vs. Bayern… sem Giroud… ansioso para ver o que faz Ox [Oxlade-Chamberlain] contra equipas deste calibre. Aposto num 3-1 para o Bayern… concordam ou discordam?”, escrevia Ferdinand, central do United, no Twitter momentos antes. É curioso, sim, a aposta em Sanogo, mas terá a ver com o seu andamento para correr atrás da bola. Ou isso, ou foi um castigo a Giroud por motivos extra-futebol. Bem, vamos lá a isto…
Aqueles que iam acelerados no caminho do trabalho para casa e que perderam os primeiros dez minutos, não acreditaram certamente no que se dizia sobre os primeiros dez minutos. É que só deu Arsenal (com excepção para um super remate de Kroos com o pé esquerdo, ao qual Szczesny defendeu com um voo espectacular). O assédio à baliza dos bávaros começou por Sanogo, que obrigou Neuer à primeira grande defesa da noite. A seguir chegou o primeiro penálti (8′): Boateng derrubou Özil. No momento da verdade, estavam Özil e Neuer frente-a-frente, dois antigos companheiros de escola, em Gelsenkirchen. O médio tentou esperar, esperar; Neuer aguentou, aguentou e defendeu, esticando o braço para uma grande defesa.
O Bayern estava perdido mas agarrou-se a esse momento mágico do seu guarda-redes para acordar. Neuer, um homem que tão más (FCP vs. Schalke) e tão boas (apanha-bolas na final da Champions-2004) memórias deixa aos adeptos portistas. Guardiola não gostava e gesticulava: ele quer a bola! Oxlade-Chamberlain, o melhor na vitória sobre o Liverpool, ia dando sinais e deixava em alerta Dante e Alaba. À passagem da meia hora, os alemães já jogavam no meio-campo dos gunners: 61% – a equipa de Pep contava com 150 passes completos (vs. 78).
As movimentações chave do Bayern passavam pela subidas de Lahm e Alaba, mas os centrais do Arsenal respondiam à letra. Aos 37′, chegou o momento que ditaria o destino deste jogo: penálti sobre Robben e expulsão de Szczesny (100.ª da era Wenger). Alaba assumiu e também ele falhou, ao poste. Nesta altura, o Arsenal já pouco saía do seu meio-campo e era uma questão de tempo até a equipa de Pep marcar o primeiro da noite.