Berlim põe Argélia, Marrocos e Tunísia na lista segura e acelera …

Berlim, 28 jan (Lusa) — A Alemanha vai colocar a Argélia, Marrocos e Tunísia numa lista de “países de origem seguros”, o que vai facilitar a rejeição de pedidos de asilo de pessoas daí provenientes, anunciou hoje o vice-chanceler, Sigmar Gabriel.

“Agora, vamos (…) declarar legalmente os três países — Marrocos, Argélia e Tunísia — como países seguros”, afirmou o também líder dos social-democratas, depois de uma reunião com os dirigentes dos outros partidos da coligação, a chanceler Angela Merkel, dos democratas-cristãos, e Horst Seehofer, dos sociais-cristãos, da Baviera.

Os três decidiram um novo pacote de medidas que visam reduzir o número de candidatos a asilo na Alemanha, que assistiu à entrada de 1,1 milhões de migrantes em 2015, na sua maioria refugiados de guerras, designadamente na Síria.

As medidas “estão definidas e podem ser apresentadas ao governo muito rapidamente”, disse Gabriel.

Classificar um país como “país de origem seguro” significa que os seus nacionais têm poucas hipóteses de conseguir o asilo na Alemanha.

Os dirigentes de Berlim esperam que a medida vá reduzir o número de migrantes provenientes do Norte de África, que têm chegado em quantidades crescentes nos últimos meses.

A Alemanha já classificou como países de origem seguros a Albânia, o Montenegro e o Kosovo, depois de milhares de candidatos a asilo terem chegado provenientes dessas origens.

As chegadas têm entretanto caído, devido a campanhas de publicidade nesses países em que se explica que as hipóteses de conseguir uma autorização de residência na Alemanha são mínimas.

Nas últimas semanas têm-se multiplicado os apelos para aumentar as expulsões de migrantes do Norte de África, depois de uma série de ataques sexuais na Colónia na véspera do Ano Novo, atribuída pela polícia em parte a argelinos e marroquinos.

Os ataques coincidiram com um aumento acentuado nos pedidos de asilo de nacionais destes países magrebinos.

Os dirigentes de Berlim também estão a pressionar os de Argel e Rabat para receberem os seus nacionais a quem foi recusado asilo, para que sejam libertados recursos para aplicar nos considerados verdadeiros refugiados.

RN // JPS

Lusa/fim

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